ASCO 2020: teste molecular é capaz de prever o benefício da quimioterapia

A 56 ª reunião da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), o maior encontro da oncologia mundial, aconteceu entre os dias 29 e 31 de maio, desta vez em formato virtual devido à pandemia da COVID-19. Com o tema “Unir e conquistar: acelerar o progresso juntos”, a edição deste ano contou com mais de 2,4 mil abstratcs selecionados para publicação online.

Entre os vários trabalhos apresentados no evento, destaca-se a avaliação dos resultados de longo prazo do estudo MINDACT. Trata-se de um estudo extremamente relevante para a prática clínica, pois demonstra que um teste molecular (plataforma gênica de 70 genes) é capaz de predizer o benefício da quimioterapia em um determinado grupo de pacientes.

Na apresentação da pesquisa, observou-se que cerca de 90% das pacientes estavam livres de doença após oito anos do diagnóstico de câncer de mama. Porém, na avaliação dos resultados conforme a idade das pacientes, observou-se que a omissão de quimioterapia em pacientes jovens determinou resultados abaixo do esperado previamente.

Outro tema apresentado no encontro explorou dados do Covid-19 examinando a mortalidade e doença grave em pacientes com câncer infectados com a Covid e o uso de azitromicina e hidroxicloroquina, pesquisa global sobre Cocid-19 em pacientes com câncer de pulmão e o impacto de outros tratamentos oncológicos.

Em resumo, a evolução do tratamento do câncer de mama tem se mostrado constante e, na maioria dos casos, permite uma discussão individualizada e multiprofissional!