SBM atenderá cerca de 300 mulheres no Bem Estar Global MS

A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) é uma das entidades que vai participar do Bem Estar Global 2018 em Campo Grande, que vai ser promovido nesta sexta-feira (24), no parque das Nações Índígenas, das 7h às 12h (de MS).

O projeto – uma iniciativa da Globo em parceria com o Sesi, e apoio da TV Morena em Campo Grande, oferece serviços de saúde e de qualidade de vida gratuitos, além de orientações com médicos de diferentes especialidades, tudo gratuito.

No evento, médicos da SBM vão atender gratuitamente cerca de 300 mulheres em seu estande. Elas passarão por uma triagem na qual será possível identificar a necessidade de cada uma. Aquelas que necessitarem se submeterão a um exame clínico no próprio local e, dependendo do caso, serão encaminhadas para a realização de outros exames.

“Nosso objetivo é contribuir para a disseminação da informação qualificada, mapear as mulheres da região, orientá-las, e atendê-las adequadamente, tendo em vista os gargalos existentes quanto ao acesso aos exames através do Sistema Público de Saúde”, explica a presidente da SBM regional de Mato Grosso do Sul, Marilana Geimba de Lima, completando que esta é uma oportunidade para as mulheres que ainda não tiveram a oportunidade de estar com um mastologista serem atendidas.

Panorama preocupante

Pesquisadores da SBM em parceria com a Rede Brasileira de Pesquisa em Mastologia acabam de concluir um estudo que revela que o percentual de cobertura mamográfica de 2017 nas mulheres na faixa etária entre 50 e 69 anos atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil é o menor dos últimos cinco anos.

Conforme a entidade, eram esperadas 11,5 milhões de mamografias e foram realizadas apenas 2,7 milhões, uma cobertura de 24,1%, bem abaixo dos 70% recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

No Mato Grosso do Sul, mesmo sendo o que apresenta melhor número entre os estados do Centro-Oeste, enquanto a expectativa era de 142 mil mamografias, somente 25 mil foram realizadas, uma cobertura de 18,1%, número inferior aos das duas últimas pesquisas locais.

A presidente da regional do SBM acredita que a falta de informação seria uma das principais causas da pouca procura, já que muitas mulheres acreditam que estão protegidas apenas fazendo o autoexame das mamas ou o exame clinico.

“Outras mulheres também não fazem porque não têm histórico familiar de câncer de mama (e sabemos que a maioria das mulheres que tem a doença não há caso na família) ou porque amamentaram, o que diminui o risco, mas não evita completamente que a mulher tenha o câncer”, explica Marilana, completando que a mamografia é o principal exame capaz de realizar o diagnóstico precoce a ponto de detectar nódulos não-palpáveis clinicamente.

As dificuldades de acesso também estão entre as causas da baixa procura. “As pacientes encontram obstáculos para agendar a mamografia, pois há cidades que não têm mamógrafos e o deslocamento também é difícil. “Os problemas são os mais variados e similares em todo o Brasil”, afirma a médica.

A SBM chama a atenção para a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama, que, se identificado em seu início, podem elevar as chances de cura a 95%. A entidade preconiza também a realização da mamografia anualmente para as mulheres a partir dos 40 anos.

Fonte: G1